Comentando – Death Parade #3

comentando death parade 3Comentando o terceiro episódio de Death Parade!

Se você não viu o do segundo episódio, clique AQUI.

Lembrando que: esse post contém spoilers e recomendo que o leiam só depois de ver o episódio. Do contrário, será por conta e risco.

Nesse episódio somos apresentados a mais um casal que, aparentemente, não se conhece. Acredito que o fato de se conhecerem ou não foi algo bem interessante por parte de quem fez o anime, já que o primeiro e segundo episódio – mesmo retratando o julgamento do mesmo casal – acabaram “passando” a imagem de que ambos deveriam se relacionar de alguma forma.

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Death Parade #3

“Rolling Ballade”

Enfim, o par da vez é Shigeru Miura e uma mulher que não lembra seu nome. O processo é o mesmo: primeiro eles não concordam em participar do jogo, não lembram de nada antes de parar lá, conversinha e mais conversinha e, de repente, a roleta está girando e eles começam a disputa. O jogo é o boliche, cujo as bolas são seus próprios corações; assim como nos episódios anteriores, acreditava que nesse eles também sentiriam dor ao acertar os pinos que representavam órgãos, mas dessa vez optaram apenas pelas regras normais do jogo.

Death Parade 3 (4)Com o passar da partida, descobre-se que Shigeru e Chisato Miyazaki, que lembrou de seu nome, eram amigos de infância e tinham uma amiga em comum chamada Mai Takada, a qual havia se mudado. Tá, mas qual é o clímax do episódio? Enquanto as memórias retornavam, descobrimos um plot twist: a mulher que se diz “Chisato” é, na verdade, Mai – que fez uma cirurgia plástica para ficar parecida com a antiga amiga de infância, já que Shigeru gostava da mesma e não a notava.

Um dos pontos altos do episódio foi quando, mesmo com as memórias de ambos voltando, o clima continuava “leve” entre eles. Confesso que estava esperando alguma treta do Shigeru chamando a Mai de falsa e mais algumas coisas, mas isso não ocorreu. Eles haviam aceitado tanto o fato de estarem mortos, como as atitudes de Mai diante da decisão de fazer uma cirurgia, algo que não havia sido mostrado no caso Machiko x Takashi. A compreensão mútua que havia diante da situação que poderia levá-los a um surto psicológico e atitudes extremas, na verdade, resultou em um pedido de desculpas por parte de Shigeru, que não havia percebido os sentimentos de Mai no passado, e em um date (sim, um encontro mesmo depois de mortos!).

Death Parade 3 (8)Admito que gostei muito do episódio, ainda mais por mostrar que Death Parade não acaba só em tragédia, e que ainda consegue deixar esse clima mórbido do anime mais leve e fofo – mesmo que os casais já estejam mortos. Outro fato que ainda vale destacar é que ele ainda quebra a visão de que ambos não poderiam ir para o mesmo lugar, já que o primeiro casal não foi. Foi uma boa ter mandado os dois para a reencarnação, pois é com essas decisões finais que quem assiste pode perceber que Death Parade, apesar de seguir a mesma linha para cada episódio, ainda pode surpreender.

Death Parade 3 (3)Nem preciso dizer que continuarei assistindo, certo? Com o tempo pode se tornar cansativo ver sempre o mesmo processo, mas tenho grandes expectativas em relação aos próximos casais e até com os personagens, que são um verdadeiro mistério. Gostou do episódio? Achou a decisão dos nosso juízes a certa? Não? Comente! Nos vemos no próximo Comentando!

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10 Comentários

Arquivado em Animes, Comentando

10 Respostas para “Comentando – Death Parade #3

  1. Esse episódio, não tem muito sobre o que comentar.
    O que posso dizer? Não há mistério na situação, ela é clara, objetiva. Tudo que eu puder escrever será, ainda mais, apenas opinião. E talvez seja isso que eu deva fazer, afinal, Death Parade não convidada você a julgar as pessoas com o Decim?
    Dito que entendemos a situação do casal, digo minha opinião sobre a relação deles.

    Se eu levar apenas em consideração de que ali eles estão mortos, e que não havia um conflito de interesses, nenhum atrito, restando aceitar a situação foi uma história com final bonitinho. É minha opinião na posição de expectador, porém assim que o episódio acabou e passei para a posição de juiz eu fiquei um bocado desconfortável com a história da garota. Escrevi não por acaso “em consideração de que estão mortos”, porque se ainda estivessem vivos tenho minhas dúvidas de que a história dos dois teria o mesmo final feliz. Pode ocorrer, apenas não seria tão fácil é simples.

    Não vejo como algo bom em nenhum sentido a mulher mudar tanto o corpo apenas para agradar a um homem, e por livre e espontânea iniciativa. Por amor se comete loucuras, mas quanto a pessoa precisa se depreciar para se desapegar do próprio corpo e tentar transformá-lo no de outra pessoa?
    No fim depois de mortos essa transformação deu certo, só um apenas em um primeiro momento. É fácil de entender o homem aceitar a loucura de amor que uma mulher faz por ele, ainda mais naquela situação onde ele não tinha muita escolha. Vivos, como os dois se comportariam? Não será que o homem ao ver o corpo da outra não ficaria procurando por ela não apenas na aparência física mas também tinha que a fazia ser ela? Se fosse esse o caso, o que seria da mulher? Ela mudou apenas sua aparência externa, não a interna, continua sendo quem era. Não foi capaz de dizer o que sentia para o homem na infância e não foi capaz quando cresceu mesmo após terminar toda aquela transformação. Eles se encontraram por acaso e foi ele quem tomou a iniciativa de se aproximar. Ela continuou a mesma pessoa introvertida e incapaz de ir atrás daquele que dizia amar. O relacionamento deles se sustentaria? Talvez sim, em uma hipótese que levanto de o homem não ter gostado tanto assim da outra como ela acreditava, pois como vimos ele tem iniciativa e nunca tinha tomado a iniciativa de dizer para a outra que gostava dela. Não será também possível que a mulher apenas tenha imaginado e exagerado esse amor entre os dois por ter baixa auto estima, por se sentir incapaz de conquistar o amor dele? Por se imaginar inferior à outra é por isso não seria amada a não ser que se tornasse ele?

    Sendo otimista, o relacionamento poderia até dar certo.
    É apenas preocupando a possibilidade de ele um dia ter seu fim, a mulher poderia reagir muito mal. Caso ela não desenvolvesse auto estima e confiança na pessoa que de fato ela é, ela poderia ficar bastante perdida na vida.

    E o homem entrou de gaiato nisso tudo, sem nunca saberemos de quem ele gostava e por qual motivo, se tinha.

    Por isso que perguntei na postagem anterior se as mulheres tinham tudo a sensação de que esses roteiros estão sob uma leve influência… machista, mesmo que não intencional.

    Best wishes, John Green

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    • Depende do que você quer dizer com “não intencional”. No geral acho que a maioria das obras com alguns aspectos machistas (ou relacionados a qualquer tipo de preconceito) reproduzem essas coisas de forma inconsciente, levando em conta que nós vivemos em sociedades preconceituosas, naturalizando várias ideias opressivas ou não entendendo os pontos de vista e vivências “do outro”.
      No caso de Death Parade é difícil de julgar, mas acho que pode ter algo de proposital para questionar o método de julgamento do Decim – principalmente quando quem está fazendo ele refletir sobre esse julgamento é uma mulher. Mas optar pelo sacrifício das almas (a maioria até agora mulheres) para avançar o desenvolvimento dele não me cai muito bem…

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    • NOns3N5E

      Não acho que o roteiro esteja sob influência machista, pelo menos por enquanto não vejo razões para se pensar nisso. Mas tudo bem.
      Acredito que a história desse casal, ou desse trio, se considerar a verdadeira Chisato também, pode dar margem para muitas interpretações, ou hipóteses. Mas na minha visão serei mais simplista.

      Shigeru se apaixonou pela Chisato da infância, e nunca mais a viu. As pessoas mudam. Ele poderia continuar apaixonado por ela? Sim poderia, mas o fato é que eles não se reencontraram para que ele tivesse a certeza sobre isso. A Mai o amava desde pequena. Tinha baixa auto-estima, e este ponto não mudou nela mesmo depois de mais crescida (já que foi nesta fase que ela passou pela cirurgia). Shigeru, depois de mais velho, achou novamente a “Chisato” (que na verdade era a Mai), e continuou apaixonado por ela, mas só pela aparência, já que ele não conhecia sua personalidade atual. Porém, quando estavam jogando (depois do mortos), ele se apaixonou pela Mai de verdade, por sua personalidade, mesmo “sem saber quem era” (já que não se lembrava de nada). Tudo bem, ele se lembrava da Chisato criança, mas do meu ponto de vista, ele não se apaixonou simplesmente pela aparência daquela garota que estava jogando com ele, mas sim por ela de verdade. Depois que se lembrou de tudo, Shigeru a aceitou, pois tinha se apaixonado por ela. Com isso, acredito que se estivessem vivos provavelmente Shigeru também se apaixonaria por Mai, pelo que ela é, e sim, teriam que trabalhar o problema da Mai, porque realmente é um problema. Não acho certo o que Mai fez (a cirurgia), porém, além dela não ter tentado enganar ninguém sobre quem era, apenas querer ficar parecida (já que aqueles garotos amigos do Shigeru sabiam quem ela era de verdade); o que a história mostra é que, apesar dela ter se depreciado, o que é errado (e dependendo da interpretação, poderia levá-la ao “inferno”), ela não fez aquilo por mal, mas sim por baixa auto-estima e algum desequilíbrio mental (que como eu já disse, teria que ser trabalhado, caso ela ainda estivesse viva), e por isso ela ganhou o “céu”.

      Acho que alonguei meu comentário, mas acredito ter expressado meu ponto de vista. Entendo todos os pontos que você levantou, apenas discordo que tenham influências machistas aí.

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      • Você descreveu o que todos nós vimos, eu apenas dei minha opinião.
        De fato que o Shigeru não lembrava do “jeito” da Chisato, e isso deve ter mudado com o tempo, então a personalidade dela era algo em branco que poderia ser preenchido por qualquer outra personalidade. Como a da Mai e ele gostar genuinamente dela por isso. E é aí que está meu ponto, ela nunca precisou ser ou parecer a Chisato, a Mai precisava ser apenas ela mesma e ir falar com o Shigeru. Se isso daria certo dependeria das circunstâncias, mas pra mim foi um conto de fadas bastante negativo.

        Eu também não sei se a série é “machista” ou não, essa é apenas uma forma fácil de explicar como as histórias parecem sempre acabar mal para as mulheres, incluindo o episódio 6. Devo comentar sobre ele aqui? Talvez melhor não, mas poxa, veja a situação da mulher nesse episódio 6 e compare com as críticas que a mulher do episódio 3 recebeu.

        E aliais, sobre a Reencarnação e o Vazio.
        Por um ponto de vista “budista”, o Vazio não é de todo ruim, Reencarnação poderia ser considerado pior. Terá pegadinha nisso?

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      • Sim, eu disse exatamente o que nós vimos, e disse o porquê de eu aceitar isso. “De fato que o Shigeru não lembrava do ‘jeito’ da Chisato, e isso deve ter mudado com o tempo, então a personalidade dela era algo em branco que poderia ser preenchido por qualquer outra personalidade.” Talvez não QUALQUER personalidade, mas muitas personalidades poderiam assumir esse posto, realmente. Talvez o anime tenha sido tendencioso nisso, e eu aceitei simplesmente por ter gostado. Eu também não acho que a Mai precisasse, ou mesmo devesse se parecer com a Chisato. Mas o que eu quero ressaltar é que não achei o anime machista por ter “parabenizado” a Mai por se depreciar e se transformar, pois não foi isso que aconteceu, na verdade ela foi PERDOADA pelo que fez, já que não fez por mal, e sim por amor. Ela deveria simplesmente ter tentado conquistá-lo como ela mesma, mas quando ela não conseguiu isto, e fez as coisas da forma errada, o “destino” se encarregou de “zerar” tudo e ela pôde ter uma nova chance de conquistá-lo sendo “ela mesma”.

        Ainda não vi o episódio 6. Vi somente até o 5, e o que posso dizer é que notei uma certa tendenciosidade por parte do Decim em relação a assistente (não me lembro o nome dela agora), não posso dizer mais aqui para não dar spoillers, mas acredito que você saiba sobre o que estou falando. Agora, o que me pareceu interessante é que o Decim, que nunca viveu “uma vida completa” está começando a apresentar características humanas, talvez machistas mesmo, mas isso não me parece algo do anime em geral, mas sim propositalmente do personagem.

        Sobre a possível pegadinha, é bem possível mesmo. Se tem algo que esse anime já me provou é que ele não vai chegar até o final sendo simplesmente o que mostrou no início. Espero surpresas vindo dele, espero não me decepcionar.

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      • Notei que os dois reencarnaram, o que me fez ter aquela impressão foram mais os outros episódios. Mas pode ser coincidência, afinal, se esse “problema” é uma consequência natural do anime ser feito por japoneses, é uma consequência igualmente natural eu como brasileiro ter essa interpretação.

        Sobre o Decim, não faço apostas. Fiz aquela declaração antes porém as circunstâncias mudam, com o que foi deixado de pistas sobre a Assistente… mas é melhor deixar para discutir isso depois e não fazer apostas agora né?

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    • Renato Kunz

      Descordo, pois eu acho que até o final do jogo, pouco antes deles entrarem no elevador, a personagem percebe que ele ja sabia que ela não era a menina que ele procurava, que ela na verdade era a outra amiga dele. No meu ver a mensagem do Ep. foi: O quão doentio pode ser o ato de fazer cirurgia plastica por estética, e apesar de doentio isso não justifica a pessoa ir para o inferno sofrer eternamente, pois no caso ela fez por amor e não exatamente por vaidade, ainda sim doentio ( 3 x).

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      • Nenhum dos dois “merecia” algo ruim, e sim, também foi a impressão de que ficou que os dois perceberam a situação e ambos decidiram ficar calados por não ter o que fazer e apenas aproveitar.
        Legal sua interpretação, sobre não condenar que fez cirurgia plástica (apesar que eu achei “ruim” a motivação dela para fazê-las dentre outras coisas).

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  2. Acreditem, duvido MUITO que Death Parade se mantenha até o final simplesmente com essa fórmula – fórmula essa que ainda pode ser trabalhada de muitas formas. Sem dar spoillers, quem viu até o episódio 5 sabe do que estou falando.
    Adorei o episódio, achei lindo, sem analisar profundamente, diferente do nosso amigo ali de cima. Só uma dúvida (acho que me embolei um pouco), Shigeru se lembrou que a Mai “Chisato” era a Mai, mas a Mai não, e continuou pensando que era realmente a Chisato, não é? Se foi isso, será será que o Shigeru contou pra Mai, ou será que ela continuou pensando que era a Chisato? Não tenho certeza, pois no final o Decim deixa bem claro que a Mai tinha se esquecido da operação e pensava ser de fato a Chisato, mas isso foi antes antes do encontro que o Shigeru e a Mai tiveram depois do jogo.
    Então, se alguém tiver entendido, ou tiver uma teoria… Divida comigo.

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