Review – O lado mais humano dos super-heróis em My Hero Academia

my-hero-academia-jbcO mais novo hit da Jump chega ao Brasil.

Acredito que esse seja o momento mais propício para Boku no Hero no cenário atual. Títulos importantes e de peso se despediram da Shounen Jump, como Naruto e Bleach, enquanto a nova safra ainda se encontra caminhando por destinos incertos, como The Promised Neverland. A Jump com certeza é aquela que trouxe os “primeiros mangás” de muitos, aquela que marca a infância de milhares de pessoas com seus títulos e que dita a moda na demografia. Seria então Boku no Hero o mangá que marcará uma nova geração?

Pensando nisso, a JBC decide apostar no título que rapidamente se firmou entre o gosto dos leitores e otakus em geral. Com lançamento feito logo após o término do anime, My Hero Academia chega ao mercado com a missão de ser o nome forte da editora nos próximos anos.

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A HISTÓRIA

A humanidade desenvolveu poderes especiais em 80% de sua população, os chamados super poderes. Essas novas habilidades dão origem a uma sociedade dividida entre super heróis e vilões. Uma prestigiosa escola conhecida como “A Academia de Heróis” treina jovens com super poderes com o intuito de usar suas forças para proteger o mundo.

O estudante do ensino médio chamado Izuku Midoriya – conhecido como Deku, forma que é chamado pelo seu “amigo” de infância Bakugou – sonha em se tornar um herói mais do que qualquer. Mas ele faz parte dos 20% da população que não possui nenhum tipo de super poder. Apesar de seu sonho parecer impossível, ele pretende prestar o exame para ingressar na Academia de qualquer maneira, como parte do grupo para construir heróis. Porém tudo na vida de Deku pode mudar ao conhecer o herói mais poderoso e conhecido de todos, o espetacular All Might, que diante de um grande segredo resolve fazer de seu garoto o seu mais novo aprendiz em busca do poder supero.

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CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS

De autoria de Kouhei Horikoshi, Boku no Hero Academia (My Hero Academia) foi lançado na revista Shounen Jump em julho de 2014 – e tem publicação quase simultânea com a Shounen Jump US, nos Estados Unidos. Atualmente a série se encontra em seu décimo primeiro volume.  Um anime produzido pelo estúdio BONES foi lançado em 2016, com uma segunda temporada confirmada para 2017.

Para falar sobre o protagonista da obra, Midoriya Izuku – ou simplesmente Deku – gostaria de citar antes um outro protagonista de uma outra história. Estou falando de Asta, do mangá (publicado igualmente da revista Shonen Jump) Black Clover. Asta é um personagem que, assim como Deku, também não tem nenhuma habilidade especial num meio onde todos tem. Estou o usando como referência justamente por ter uma característica em si que me incomoda, o fato de que ele é “perdedor” e de, uma hora para outra, ganha uma habilidade especial. Para não dizer que estou sendo hater, o mangá “mostra” o quanto ele é digno de sua habilidade, mas o leitor não consegue ver isso de fato. Mas com My Hero Academia a trama aqui é diferente e muito bem trabalhada, merecedora de elogios. Aliás, “merecedor” é algo que com certeza definiria Deku. Os capítulos iniciais do mangá não são repletos de campos e cenários de battle shounen, e sim de drama, um drama que se torna essencial para entender como o protagonista consegue ser tão admirável.

boku-no-hero-jbc-edicao-brasileira-chunan-review-4Deku é fracassado, chorão e covarde. Exatamente o tipo clichê da demografia que particularmente não sou nem um pouco fã, mas que, aqui, me fez quebrar a cara. Ao ouvir que não poderá se tornar um herói, o personagem enfrenta todo um drama e sofrimento com seu sonho que parece impossível. As coisas não caem do céu. E quando uma oportunidade finalmente surge – essa inclusive que vem através de seus atos, sua vontade e bondade – ele se esforça e testa todos seus limites para aquilo que tanto almeja aconteça. É o famoso “mérito”. A característica gera uma identificação do leitor com o garoto mesmo não sendo real, podendo ser relacionada com tantos momentos palpáveis para a vida daquele que lê – os dramas de passar no vestibular, de conseguir crescer na carreira desejada, de estar com alguém que se ama. A obra traça um paralelo entre o imaginário e o real, fazendo com que os temas abordados façam todo o sentido sem nem menos estar no plano 3D.

boku-no-hero-jbc-edicao-brasileira-chunan-review-8Uma das partes mais interessantes foi o momento em que All Might desabafa com Deku sobre sua função, de como as pessoas o colocam no pedestal e como se sente na obrigação de atender as expectativas. O personagem acaba sendo rotulado como “invencível”, aquele que não tem nada a temer, quando na verdade tem uma essência tão humana quanto os que o rodeiam. “O meu sorriso é uma forma de dissimular o medo e a pressão que sinto ao ser o herói que sou.”

É justamente nesse ponto que a desconstrução de “ser herói” entra. No contexto em que a história se passa, ter superpoderes é algo banal, combater o crime também é mas esses dons acabam sendo usados como forma de conseguir status e dinheiro, deixando que as pequenas ações heroicas, as que ninguém vê e aplaude, de lado. Não já vimos isso antes? Vemos e vivemos isso na pele. Na hora de escolher uma carreira a seguir, entramos em um fogo cruzado entre escolher por algo que realmente almejamos e aquilo que “trará” recompensas. No mangá, para a maioria, não é o modo como a função é exercida e sim como ela acaba sendo refletida nos olhos do público.

boku-no-hero-jbc-edicao-brasileira-chunan-review-9A obra fala sério em tom de brincadeira. Talvez isso seja o ponto mais admirável da série; pegar um mundo totalmente fictício e inserir nele problemas que seus leitores vivem no cotidiano. Entenda, não acredito que My Hero Academia será o mangá que conquistará todos os públicos possíveis e que todas as pessoas, mesmo as não ligadas a cultura oriental, conhecerão – até porque outra obra ocupa esse posto no momento – porém, dentro do padrão convencional, ela é de extrema importância. O título é justamente aquele que acaba cativando desde crianças a adultos, tradicional mas não genérico, que servirá de base para muitos adentrarem esse mundo de entretenimento japonês

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A EDIÇÃO NACIONAL

Se você está consumindo a edição nacional de My Hero Academia e tiver uns 10 ou 12 anos, talvez até acredite que japoneses realmente usam a “nossa” expressão: “É pro monstro sair da jaula!!”. Só que não. Por mais que tal frase tenha virado um grande motivo de piada na internet e gere humor, essa não será uma sentença usada pelo resto da vida; uma hora ela ficará datada. O leitor – seja o de agora ou o que está por vir no futuro – saberá seu significado daqui uns… cinco anos? De fato, é apenas um termo em um volume, mas realmente não gosto desse tipo de adaptação; por mais que esteja tão próximo da nossa realidade, é algo distante e que descaracteriza o original. E espero que frases do tipo não venham a se repetir.

boku-no-hero-edicao-japonesa-chunan-review-2Uma boa notícia foi o fato da editora ter optado por diálogos mais “limpos”, sem o uso exagerado de gírias – mesmo tendo, em sua maioria, personagens adolescentes na trama. Isso é algo que me incomoda e é bem perceptível em Gangsta, por exemplo. Mas, claro, a JBC não é a única nesse sentido. A editora Panini também tem colocado em suas adaptações de Ore Monogatari!! muitas gírias paulistas, algo que até então não fazia em seus outros títulos shoujo – citando a demografia em si porque é algo que posso afirmar com firmeza. Sou nascida e criada em São Paulo, e ainda sim é algo que me irrita, dá a impressão de que o texto fica poluído visualmente. Ponto positivo para a JBC aqui.

boku-no-hero-jbc-edicao-brasileira-chunan-review-2My Hero Academia está sendo publicado com o famoso papel jornal, o brite 52g. Isso deve evitar problemas que a editora teve com títulos passados (ainda em publicação) com relação ao estado de transparência que os mangás chegavam para os consumidores. E só para lembrar: offset não é e nunca vai ser papel de luxo, o papel é usado para imprimir versões econômicas de livros. Tenho preferência por brite sim e comparando o nosso material com o dos japoneses, ele consegue ser mais fiel que um offset visualmente falando.

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COMENTÁRIOS FINAIS

No geral a edição da editora me agradou e continuarei a coleção sim. Tem pequenos detalhes que me incomodam, porém nada que realmente me afete a ponto de me recusar a adquirir o físico. Fico satisfeita com a escolha do papel jornal e fiquei contente com o fato dos nomes dos personagens não terem tido nenhuma alteração. Sem contar que para a editora, a escolha de ter a licença de My Hero Academia é ótima; o título é recente (comparado aos outros grandes sucessos da casa), mas não tanto a ponto de não ter fãs. Com certeza a obra crescerá e ganhará ainda mais destaque com toda a leva da Jump que está saindo e entrando. E, claro, os sucessos nós também desejamos aqui.


FOTOS DAS EDIÇÕES BRASILEIRA E JAPONESA

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FICHA TÉCNICAhellsing-capa

Título: My Hero Academia
(僕のヒーローアカデミア)
História & Arte: Kohei Horikoshi
Editora: JBC
Demografia: Shounen (Shounen Jump)
Total de volumes: 11 volumes (em andamento)
Preço de capa: R$ 14,90
COMPRAR NA AMAZON

Nota: ★★★★

25 Comentários

Arquivado em Mangás, Review

25 Respostas para “Review – O lado mais humano dos super-heróis em My Hero Academia

  1. Eu ri muito com o “É pro monstro sair da jaula”. Eu não esperava isso, então fiquei surpreso hahaha realmente pode não combinar com o público futuro, mas no momento não achei algo tão errado. Ótima review!

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  2. STX

    leio mangas da jbc com girias bem antigas (algumas pelo q vi mais velhas do que eu) e deu pra entender sim o sentido. O “monstro” pode perder o sentido do meme, mas a frase continuará fazendo sentido em relação ao contexto.

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  3. G

    Já tinha me interessado pelo título pela popularidade. Confesso que tentei ver o primeiro capítulo, e parei desinteressado. Pulei pro anime: me animou um pouco mais, mas também parei. O review de vocês me deixou com bastante vontade de prosseguir. Até eu consegui me identificar com o personagem! Brigadão.

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  4. Gosto muito tanta do do mangá como do anime.

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  5. Curto muito a série, todo o desenvolvimento que ela tem é algo fantástico.
    Meus dois únicos desprazeres é com a edição nacional: O uso de memes… oks, ta famoso e provavelmente vai ser entendível daqui a alguns anos, mas ainda assim… não bate, ainda mais se levar em conta a origem da obra. E o outro foi o preço, R$14,90??! Sério? Não sei a real diferença de porte entre a Panini e a JBC, mas One Piece (mangá que tenho assinatura), tem preço de capa R$12,50, mais de R$2,00 de diferença pra praticamente a mesma coisa (qualidade gráfica e materiais).
    No mais, definitivamente continuarei acompanhando a série.

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    • É difícil fazer uma comparação de preços, mesmo se os mangás tiverem a mesma qualidade, editora ou autor, porque cada mangá tem um contrato de licenciamento diferente.

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      • water

        Essa e uma informação (desculpa) que a editora pode dar. Porém para os consumidores isso irrelevante. Se os mangas fisicamente tem a mesma qualidade, mas preços diferentes alguma coisa esta estranha. A JBC tem falhado muito, e cobrando por um trabalho que não se justifica. Em questão de material me vem a cabeça a comparação entre a edição de Zetman e Vagabond. Sendo que Vagabond e 40 centavos mais caro, mas tem um qualidade de deixa Zetman no chinelo.

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    • Fabio Rattis

      Panini é Gigantesca perto da JBC, ela pode diminuir sem problemas a margem de lucro. a JBC infelizmente nao, eu acho q nao tem nem 30 funcionários. não da pra comparar. e outra olha as publicações da alto astral. meio tanko em papel jornal por 17 reais. tem a NEW POP, mas os mangás tem um tamanho menor. e são vendidos em livrarias, vai ter mais tempo para se pagar. eetc etc, nao da pra comprar tudo.

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  6. Então, não vou comentar sobre o mangá. Só quero colocar um comentário de algumas linhas sobre uma coisa que me incomodou muito no seu texto. Destaco o trecho abaixo:

    “A editora Panini também tem colocado em suas adaptações de Ore Monogatari!! muitas gírias paulistas, algo que até então não fazia em seus outros títulos shoujo – citando a demografia em si porque é algo que posso afirmar com firmeza. Sou nascida e criada em São Paulo, e ainda sim é algo que me irrita, dá a impressão de que o texto fica poluído visualmente”.

    Moro no Espírito Santo. Não percebi nem uma gíria paulista em Ore Monogatari!!. Para mim está tudo muito natural. Não sei se as tais gírias que você falou são usadas no Espírito Santo também, mas caso não sejam, são naturais para mim, talvez por causa da televisão. Tão naturais que nem parece gíria e estão integradas ao “português”…

    Bem, talvez eu seja exceção, mas a verdade é que eu gosto quando as editoras utilizam-se de gírias. Pelo menos as gírias que eu percebo^^. A JBC, por exemplo, usa muito “Psora” em vários mangás. O pessoal vive reclamando. Já eu adoro, acho demais…

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    • Miyuki

      Olá, Kyon! Sinto muito se o que disse na minha resenha te incomodou, mas não posso ignorar o fato de que em Ore Monogatari!! certas expressões existem e que, até então, não haviam sido adaptadas em outros shoujos.
      No volume 2 da obra, no começo do primeiro capítulo, Takeo cumprimenta seus colegas e em resposta, ouve um “Tamo junto, bro!”. Esse é apenas um exemplo de n termos que aparecem.
      Elas podem não te incomodar no geral – nada contra, afinal de contas, há quem goste, há quem não goste – mas não significa que não existam.
      Obrigada pelo comentário, Kyon! ^^

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      • Uso o “Incomodou muito” mais como “preciso falar sobre isso”. Rs.

        No caso, expressões como essa que você citou realmente me parecem bastante naturais e não consegui estranhar…

        O que eu mais estranho nos mangás da Panini são honoríficos. Não consigo entender os usos e o glossário não explica direito. Toda hora eu fico me perguntando o porquê de usarem aqui e não usarem em outro caso em que, teoricamente, deveria ser usado. Meio que estraga a experiência de leitura.

        No fim, acho que o seu caso e o meu são parecidos. Talvez um bom texto no mangá deveria ser uma união disso: nada de gírias, nada de honoríficos. Fora casos específicos, nada disso faz falta.

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    • Fabio Rattis

      vai sair no treta news kkkkk zueira *~*

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  7. O meu único, quer dizer, meus dois únicos problemas com Boku no hero são os fanboys (mas isso não vou falar agora) e com o mundo do mangá, onde heróis são registrados pelo governo, como se fosse o Universo Marvel pós-guerra civil. Porém, eu retomei a leitura e junto dela comecei a ler o spin-off sobre os heróis ilegais, e acho isso bacana. E vou aqui usar a frase do review para ilustrar o que penso: “É justamente nesse ponto que a desconstrução de “ser herói” entra. No contexto em que a história se passa, ter superpoderes é algo banal, combater o crime também é mas esses dons acabam sendo usados como forma de conseguir status e dinheiro, deixando que as pequenas ações heroicas, as que ninguém vê e aplaude, de lado. […] No mangá, para a maioria, não é o modo como a função é exercida e sim como ela acaba sendo refletida nos olhos do público.” Pois é, eu comecei a ler o mangá quando sai, e li sem fazer análises, e gostei do visual e da temática. Revi o anime, e agora decidi retomar a leitura e analisar com calam, e vi que tinha o “defeito” daquele mundo, inclusive tem um vilão que comenta que os heróis deixarão de ser heróis para ajudar os outros, a maioria vira herói por fama e dinheiro, abandonando os ideias dos heróis. Mas eu também acho justamente o que tem na frase acima. Não vou dizer que o mangá é uma obra bastante profunda, e blablablá pois o mangá ainda tem muito chão pela frente, além do fato de que querendo ou não, a história É CLICHÊ, tem a mesma base de outras como Naruto ou One Piece, APESAR de que é bem difícil hoje em dia não usar clichê e não é um clichê que define 100% a qualidade da obra, embora eu não ache a história tão UAU como todo mundo diz, PORÉM somando ao spin-off e esses conceitos inseridos, a obra tem a capacidade de atingir algo que, pode parecer loucura o que vou comentar. de se igualar ao Watchmen, que é a melhor HQ sobre super-heróis que conheço. Porque Boku no hero tem, E MUITO, potencial para poder dar uma nova cara às histórias de super-heróis, não me surpreenderia se um dia escritores da Marvel e da DC começassem a usar esse mangá como referência.
    Boku no hero tem uma grande importância pra Jump. Não sei até onde o mangá irá, e tenho medo do autor se empolgar e prolongar demais a história mais do que devia (com uma parcela de culpa da Jump). NÃO É O MELHOR MANGÁ DA JUMP, ISSO AFIRMO, MAS MESMO GOSTANDO OU NÃO GOSTANDO, ACHO QUE TODOS DEVEMOS RECONHECER A IMPORTÂNCIA DELE.
    (P.S. Li até o volume 3, anteriormente acho que fui até o 7, mas tinha esquecido onde parei e de muitas coisas, então não deem spoilers aqui, eu estou bem desatualizado mas prefiro me atualizar pelo mangá. Só falta arranjar o tempo).
    (P.S. 2 Se alguém tem algo para contrariar, pode fazer, MAS SEM OFENSAS. Não sou um ser perfeito que tudo sabe, se alguém tem outra informação, outro ponto de vista, pode dar, mas com respeito.)

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  8. vagligeirinho

    Excelente resenha. My Hero tem uma história bem crescente e que foi realmente uma boa escolha da JBC para trazer para cá.

    Se me permite uma consideração pela história, noto que My Hero Academia meio que pavimenta o “sub-genero heróis expostos”, algo que (salvo engano) se iniciou com Tiger & Bunny (e os dois heróis protagonistas de uma história onde os heróis eram tratados como em um Reality Show). Quem conhecer mais sobre, por favor me complemente 😀

    One Punch Man chega e avacalha com o shonen, além de ser também um mangá sobre “heróis”. Hoje com uma história um pouco perdidinha, mas ainda aceitável, vira a segunda história em destaque. Também tem um pé na humanização dos heróis (Saitama é um dos heróis mais humanos que existem, por mais contraditório que soe isso :p ) e tem um pouco de conflitos internos.

    My Hero é o caçula deste gênero, e tal como bem dito na resenha, “humaniza” os heróis. A história segue Midorya (no anime, com a narração dele) e seu crescimento como personagem, além da humanização de All Might (sem entrar em detalhes, é um dos personagens que no final realmente se cativa com o mesmo), e um leque de personagens que tem histórias interessantes. Fora os conflitos morais de bem vs. mal, comum em muitas histórias.

    Tou sem dinheiro para colecionar, mas provavelmente seria uma boa aquisição para ler e depois deixar na coleção 🙂

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  9. bntcrls

    Boku no Hero Academia é, sinceramente, o único shonen realmente empolgante que leio em anos. Nunca me importei muito, mesmo com todo mundo falando bem e enaltecendo o mangá e, aí, veio o anime, que nunca me chamou a atenção – até porque, não gosto muito de animes, prefiro mangás, mesmo. Então a JBC anunciou o lançamento do mangá e fui conferir, acabando surpreendido pela forma como a história me prendeu!!

    Os capítulos são bem divertidos e toda a trama é muito bem contada; não consegui deixar o primeiro volume de lado e tive que ler tudo. Cheguei a me arrepiar em alguns momentos, coisa que não acontecia desde que li One Piece!! Mesmo com pouquíssimos capítulos, já estava me preocupando com Deku & Cia. o suficiente pra esperar, ansioso, pelo próximo volume. Que história!!

    Todas as referências aos heróis norte-americanos são bem legais e os heróis originais do universo de BnHA, também. A banalização dos poderes e a galera usando eles mais como forma de ganhar dinheiro e fama ao invés de ajudar pessoas também é bem interessante e, diga-se de passagem, até mesmo “real”. O Governo ter tomado medidas a fim de organizar tudo certinho, como comentaram acima, também lembra a situação da Marvel pós Guerra Civil, mas isso não é muito difícil de se imaginar, então…

    Quanto ao meme, poxa, não sei se tenho, mesmo, uma opinião formada. Achei divertido e uma boa sacada, mas me incomodou o fato de os tradutores simplesmente ignorarem a existência de uma fala original pra trocarem por isso. De qualquer forma, não compromete o entendimento da história, então não é lá tããão problemática essa brincadeira.

    Uma coisa que sei é que, com certeza, continuarei acompanhando o mangá enquanto for lançado por aqui. Só espero não sofrer muito com a periodicidade e, também, quando a edição nacional alcançar a japonesa. E vamos que vamos!!

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  10. vagligeirinho

    Um em tempos aqui: o “Solte o Monstro” de hoje é o “Eu sou Toguro” de ontem 🙂 Quem é das antigas e lembra da dublagem de YuYu Hakusho?

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  11. Fabio Rattis

    achei bacana, comprei a ideia e vou acompanhar .

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